Parece aquela velha história; "Alegria de pobre dura pouco". Norteados pela democracia, tivemos avanços importantes em todas essas áreas nesse pouco tempo de governo. Não apenas me pautando pelos avanços LGBTs, mais que claros e evidentes nos noticiários que vemos por aí. Parecia que o povo estava, finalmente, tomando consciência da sua importância como massa não-passiva ( do seu próprio jeitinho, lógico. Nada mais brasileiro do que fazer um protesto começando com um 'churrascão' de Higienópolis). A modernidade parecia estar conseguindo chegar ao nosso país. Atrasada, como há de ser TUDO no nosso país, mas estava chegando.
Parecia.
"Dilma Rousseff manda suspender kit anti-homofobia, diz ministro" (G1) ; "Dilma irrita-se com Código Florestal e promete veto." (Uol) ; [Dilma] achou vídeo 'inapropriado' e bancadas religiosas haviam ameaçado convocar Palocci. " (G1). Dilma irrita-se, Dilma veta. Dilma diz e Dilma faz acontecer. Achei que a tivessemos escolhido em uma votação democrática uma vez que é nela (a democracia) que vivemos. De um dia pro outro, ela simplesmente ~escolhe~ passar por cima do congresso não duas, nem três, nem quatro vezes, preferindo defender a politicagem em seu governo em detrimento de um sistema do qual eu ( e acredito que todos os brasileiros) nos orgulhamos em viver. É triste perceber que opiniões não podem ser defendidas no nosso país sem abuso de poderes de algum lado. Não gostei? Spray de pimenta nos maconheiros. Não gostei? Veto o que eu quiser.
Retrocedemos não pelas idéias defendidas, pela politicagem, pelos inúmeros problemas logísticos nas áreas mais básicas do nosso páis ou pela bancada evangélica pútrefa que temos no Brasil (Ok, ok. Retrocedemos pela bancada evangélica pútrefa que temos no Brasil, mas isso é outra história). Retrocedemos por estamos mexendo com o conceito mais sutil da nossa sociedade, cuja falta seja, talvez, o elo que mais incite revolta: A liberdade de expressão.
Somos brasileiros.