quarta-feira, 25 de maio de 2011

Marcha da maconha, Dilma Rouseff e o veto.

E, não mais que de repente... Retrocedemos. Não de ponto de vista social, com o abuso do poder dos policiais na marcha da maconha; ou pela decisão lamentável da Presidente de ter suspendido a elaboração do "kit anti-homofobia" agora há pouco (25). Não do ponto de vista governamental, com a parte de política do UOL contabilizando 38 (TRINTA E OITO!) escândalos do governo desde o início desse ano . Simplesmente retrocedemos.

Parece aquela velha história; "Alegria de pobre dura pouco". Norteados pela democracia, tivemos avanços importantes em todas essas áreas nesse pouco tempo de governo. Não apenas me pautando pelos avanços LGBTs, mais que claros e evidentes nos noticiários que vemos por aí. Parecia que o povo estava, finalmente, tomando consciência da sua importância como massa não-passiva ( do seu próprio jeitinho, lógico. Nada mais brasileiro do que fazer um protesto começando com um 'churrascão' de Higienópolis). A modernidade parecia estar conseguindo chegar ao nosso país. Atrasada, como há de ser TUDO no nosso país, mas estava chegando.

Parecia.

"Dilma Rousseff manda suspender kit anti-homofobia, diz ministro" (G1) ; "Dilma irrita-se com Código Florestal e promete veto." (Uol) ;  [Dilma] achou vídeo 'inapropriado' e bancadas religiosas haviam ameaçado convocar Palocci. " (G1). Dilma irrita-se, Dilma veta. Dilma diz e Dilma faz acontecer. Achei que a tivessemos escolhido em uma votação democrática uma vez que é nela (a democracia) que vivemos. De um dia pro outro, ela simplesmente ~escolhe~ passar por cima do congresso não duas, nem três, nem quatro vezes, preferindo defender a politicagem em seu governo em detrimento de um sistema do qual eu ( e acredito que todos os brasileiros) nos orgulhamos em viver. É triste perceber que opiniões não podem ser defendidas no nosso país sem abuso de poderes de algum lado. Não gostei? Spray de pimenta nos maconheiros. Não gostei? Veto o que eu quiser.

Retrocedemos não pelas idéias defendidas, pela politicagem, pelos inúmeros problemas logísticos nas áreas mais básicas do nosso páis ou pela bancada evangélica pútrefa que temos no Brasil (Ok, ok. Retrocedemos pela bancada evangélica pútrefa que temos no Brasil, mas isso é outra história). Retrocedemos por estamos mexendo com o conceito mais sutil da nossa sociedade, cuja falta seja, talvez, o elo que mais incite  revolta: A liberdade de expressão.


Posso não concordar com algo. Assim como não defendo a legalização da maconha; assim como não defendo o nepotismo; assim como não defendo a politicagem na qual nosso país está inserida há anos ( e não me venham com essa, pêemedêbistas, de que é culpa do PT), não defendo várias coisas. Entretanto, não posso JAMAIS tirar de alguém o direito de discutir os rumos do nosso país. Não somos Petistas. Não somos PMDBistas. Não somos PSDBistas.


Somos brasileiros.